quinta-feira, setembro 22, 2005

Luís Sepúlveda e Mario Delgado Aparaín

Hoje assisti a uma sessão muito agradável com um contador de histórias brilhante, Luís Sepúlveda e um autor uruguaio do qual ainda desconheço a obra, apesar de o nome ser-me familiar, Mario Delgado Aparaín. A apresentação do livro "Os Piores Contos dos Irmãos Grim" foi o motivo deste momento.
Por entre muitas histórias ficou-me uma de um general muito impopular e intragável que era particularmente odiado por um escritor do mesmo país sul-americano. Então, um dia cruzam-se e ficam diante um do outro olhando-se fixamente. Pelo que o general diz convicto à boa maneira militar:
-No cedo passaje à maricones.
E o escritor com uma fina ironia responde :
- Yo sí.
Os risos ecoaram pela livraria, Sepúlveda é um exímio contador de histórias e sabe cativar o público, mesmos quando este é pequeno.
Acabadas as muitas histórias passamos à sessão de autógrafos. Na fila, a Margarida Pinto Correia aguardava atrás de mim pela sua dedicatória dos dois escritores. Consegui ficar com uma dedicatória em cada livro que levei, ao todo cinco, e após uma breve confusão na altura dos autógrafos e cumprimentos, ia ficando com o livro da Margarida por engano. Surgiram sorrisos dos autores pela situação... Com um cumprimentar de mãos a cada escritor e umas "muchas gracias" pelas dedicatórias, para mim, acabou a sessão na Bertrand proporcionada por dois homens com um sentido de humor muito particular e uma simplicidade assombrosa.

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